Sonia Guimarães é a primeira mulher negra doutora em Física no Brasil, título conquistado em 1989. Em 1993, tornou-se também a primeira mulher negra a lecionar no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em uma época em que a instituição ainda não aceitava mulheres como alunas. Natural de São Paulo, atualmente vive em São José dos Campos, onde continua como professora do ITA, uma das mais prestigiadas instituições de ensino do país.
Reconhecida por sua trajetória pioneira na ciência, Sonia recebeu em 2023 a Medalha Santos Dumont de Honra ao Mérito pelos seus 30 anos de atuação no ITA. No mesmo ano, foi eleita pela Bloomberg Línea como uma das 100 pessoas mais inovadoras da América Latina. É referência em física aplicada, com pesquisas em semicondutores e sensores de calor, além de possuir uma patente relacionada à produção de sensores de radiação infravermelha utilizados em mísseis.
Sonia Guimarães é vencedora do prêmio Professora Emérita Guerreira da Educação Ruy Mesquita, sendo a primeira mulher negra a receber essa homenagem em mais de duas décadas de premiação.
Além de cientista, Sonia é ativista na luta contra o racismo e a desigualdade de gênero. Atua em projetos voltados à inclusão de pessoas negras e mulheres na ciência e no meio acadêmico. É conselheira fundadora da Afrobras, entidade que mantém a Universidade Zumbi dos Palmares, membra da ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores Negros), e presidenta da Comissão Justiça, Equidade, Diversidade e Inclusão na Física da SBF (Sociedade Brasileira de Física).
É também mentora de programas como Cientistas do Alto Sertão, Futuras Cientistas, Afrominas, Investiga Menina e Pesquisa para Elas. Como palestrante e painelista, Sonia aborda temas como ciência, equidade racial, mulheres na ciência, educação e representatividade negra. Já participou de eventos de destaque como o Power Trip Summit Marie Claire, Encontro CIEE de Diversidade, Fórum Brasil Diverso, entre outros encontros em universidades e escolas em todo o Brasil.