Márcia Vieira da Silva, conhecida pelo nome indígena Márcia Kambeba, é escritora, poeta, compositora, atriz, apresentadora, palestrante, contadora de histórias, professora e doutoranda em Letras pela UFPA. Nascida na aldeia Belém do Solimões, do povo Tikuna, no Alto Solimões (AM), vive atualmente em Castanhal (PA), a pouco mais de uma hora de Belém.
Com formação multidisciplinar, Márcia Kambeba é graduada em Geografia pela UEA, tem especialização em Educação Ambiental, mestrado em Geografia pela UFAM e atualmente cursa Doutorado em Linguística na UFPA. Sua pesquisa acadêmica envolve narrativas orais, saberes tradicionais e a memória ancestral dos povos indígenas da Pan-Amazônia, incluindo o Brasil e o Peru, com foco no povo Omágua/Kambeba, ao qual pertence.
Como palestrante reconhecida nacional e internacionalmente, Márcia já se apresentou em escolas, universidades e eventos no Brasil, Portugal, Chile, Londres e Boston, tanto presencialmente quanto online. Em suas palestras, aborda temas ambientais, culturais e sociais, como impactos ambientais na Amazônia, relação entre homem e natureza, bem-viver, diversidade, inclusão, educação e respeito mútuo. Também fala sobre violência contra a mulher indígena e autismo, a partir de sua vivência como mãe de um filho autista.
Márcia Kambeba é autora de mais de nove livros publicados, entre eles:
Saberes da Floresta, Ay Kakyri Tama – Eu Moro na Cidade, O Lugar do Saber Ancestral, De Almas e Águas Kunhãs (2023), O Povo Kambeba e a Gota d’Água, O Curumim Wirá e os Encantados, Infância na Aldeia e O Cocar.
Suas obras unem poesia, memória e educação ambiental, valorizando o saber ancestral e a cultura indígena.
Artista completa, Márcia desenvolve um trabalho literomusical com canções e poesias autorais em português e na língua Tupi da família Tupi-Guarani, promovendo a preservação cultural e a consciência ambiental. Também atua como contadora de histórias, destacando a importância da cooperação, do amor e do cuidado com a natureza, além de temas como inclusão e infância indígena.
Como formadora de professores, realiza oficinas e capacitações sobre identidade indígena, decolonialidade e aplicação da Lei 11.645, que torna obrigatório o ensino da história e cultura indígena nas escolas brasileiras.
Márcia Kambeba também lidera projetos com mulheres indígenas, promovendo rodas de conversa sobre violência de gênero em parceria com o Ministério Público, tema retratado em seu livro De Almas e Águas Kunhãs com o relato “







